Vítimas de pedofilia em congregações das Testemunhas de Jeová na Austrália correm o risco de não serem indenizadas

Algumas instituições na Austrália que foram acusadas de conviver com pedofilia em seus meios, entre elas as Testemunhas de Jeová, estão sendo acusadas de se negar a participar de um acordo nacional de reparação as vítimas. Os pedidos de indenização de mais de 500 vítimas estão paralisados devido a recusa delas de participarem do acordo nacional. 

Segundo resultados de um trabalho das autoridades da Austrália, por décadas mais 60 mil pessoas sofreram abuso sexual infantil em instituições do país. Foram descobertos entre  as Testemunhas de Jeová cerca de 1006 casos de abusos sexuais contra crianças.  No acordo nacional, as indenizações foram estipuladas em cerca de US $ 150.000.

Ao todo mais de 56 instituições australianas se juntaram ao acordo nacional de reparação as vítimas, entre elas estão as Igrejas Batista e Católica. Um porta-voz das Testemunhas de Jeová não soube informar se a seita vai aderir ao acordo e indenizar as vítimas de abuso sexual em suas congregações. 

A ministra dos Serviços Sociais do país, Anne Ruston, informou que o governo não tem o poder segundo a lei de forçar as instituições a aderirem o acordo, pois acredita que essa é a coisa certa a fazer. Segundo a ministra, o governo tem trabalhado para que as instituições que ainda não se juntaram ao acordo, façam isso o mais breve possível. "Se isso não ocorrer, centenas de vítimas não serão reparadas pelos danos sofridos", diz a ministra em uma entrevista no país.

Instituições que atuam em defesa das crianças na Austrália tem cobrado uma posição forte do governo contra as instituições que se negam a participar do acordo, tais como a retirada do status de caridade, que obrigariam elas a pagarem impostos no país.



Fontes das informações:smh.com.au/national/500-child-sex-abuse-compensation-cases-stalled-20190813-p52gqm.html