Após mais de 40 anos de trabalho, o cirurgião cardíaco pediátrico, conhecido como um dos melhores da Europa, Bruno Murzi, de 67 anos, revelou que não continuará na equipe médica do hospital Apuan, um dos melhores da Itália. Mesmo aposentado, o médico continuará atendendo de forma voluntária crianças que residem em países pobres por meio de associação sem fins lucrativos. .
Em seus mais de 40 anos de trabalho, o médico atendeu mais de 9.000 crianças, muitas delas saíram de outros países para serem operadas na Itália devido a sua capacidade em realizar cirurgias cardíacas.
Em sua entrevista que anunciou sua aposentadoria, o médico relembrou uma cirurgia em que fez em uma criança filha de pais que pertencem as fileiras das Testemunhas de Jeová como algo marcante de sua carreira médica.
"Em 1997, os pais de um pequeno paciente cardíaco que eram membros das Testemunhas de Jeová pediram desesperadamente para eu não usar sangue na cirurgia. Eu diz que faria isso, mas também avisei se durante a cirurgia a criança precisar de sangue, eu usaria, e eles teriam que concordar com minha decisão. Os pais concordaram, mas não foi possível de fazer o uso de sangue durante a cirurgia. No final do ato cirúrgico estávamos exaustos, mas felizes por temos feito nosso trabalho como médicos sem riscos para a criança e por respeitar as crenças religiosas de seus pais" , diz ele.
O médico Bruni Murzi ao lado de alguns de seus pacientes |
Fonte da informação: corriere.it/buone-notizie/20_gennaio_21/bruni-murzi-sindaco-chirurgo-record-9mila-bambini-operati-7b36f02e-3c61-11ea-a78f-84ea93852c9b.shtml
O comentário desse médico mostra como as pessoas "de fora" não fazem ideia de tudo o que envolve esse tipo de situação. Primeiro, as crenças religiosas eram dos pais. Tanto é que eles arriscaram, concordando que se fosse necessário poderia aplicar o sangue. Segundo, o médico não sabe que esses pais seriam sumariamente punidos pelo simples fato de correrem esse risco, caso os anciãos ficassem sabendo.
ResponderExcluirNo final das contas ele teve a enganosa impressão de que a religião TJ é flexível na questão do sangue, quando na verdade esses membros estavam completamente fora da regra imposta pela liderança.
O pessoal da congregação deles devem ter ficado sabendo que eles deixaram o médico usar sangue na cirurgia se fosse necessário. Devem ter recebido um puxão de orelha
ResponderExcluirDiante de situações graves eles acabam mudando de ideia. É claro que os ansiosos e esquizofrênicos não podem ficar sabendo, já que o resultado poderá ser decepcionante.
ResponderExcluir