Supremo tribunal de justiça de estado norte americano julgará violência sexual contra menor de idade em congregação das Testemunhas de Jeová

Com documentos datados em 22 de maio de 2019, a Suprema Corte de Justiça de Utah nos Estados Unidos julgará um estupro sofrido por uma mulher em uma congregação das Testemunhas de Jeová. A vítima na época em foi agredida sexualmente  tinha 14 anos de idade. 

Segundo a vítima, entre os anos de 2007 e 2008, quando frequentava um Salão do Reino das Testemunhas de Jeová por diversas vezes diante de ameaças, ela foi forçada a manter relações sexuais com um membro adulto do local.  Ainda segundo a vítima, as relações sexuais  foram gravadas por seu agressor sexual. 

As relações sexuais forçadas entre a vítima e seu agressor, se tornaram de conhecimento da congregação das Testemunhas de Jeová que ambos frequentavam. Diante das apurações da congregação, seus pastores (anciãos) obrigaram a vítima a ouvir por horas diante de seus familiares uma fita com um áudio com partes das relações sexuais forçadas apresentada por seu agressor em sua defesa. 

Devido ao impacto causado pelas agressões sexuais, como também as apurações das Testemunhas de Jeová em sua vida, a vítima entrou com um recurso na justiça dos Estados Unidos. Leia abaixo mais detalhes do caso conforme divulgado por um jornal  local. 

A Igreja das Testemunhas de Jeová de Utah forçou uma mulher a ouvir o áudio de seu estupro, diz o processo

Uma mulher está processando uma igreja das Testemunhas de Jeová no Condado de Weber depois que, segundo ela, um de seus instrutores a violou repetidamente quando era menor de idade e a liderança da organização a obrigou ouvir uma gravação em áudio de um dos estupros. 

A mulher entrou com a ação na quarta-feira no 2º Tribunal Distrital, acusando o Salão do Reino da Igreja das Testemunhas de Jeová em Roy- assim como nomeando o suposto autor , vários líderes da igreja e a Sociedade Torre de Vigia (sede da seita em Nova York) - de conscientemente permitir que o instrutor inadequado suba a posição de autoridade sem avisar os membros de suas propensões perigosas e transgressões sexuais passadas.

Nenhum representante da igreja de Roy, 1950 W. 4400 South, respondeu a uma mensagem de voz do The Salt Lake Tribune solicitando comentários na quinta-feira.

O Tribune geralmente não identifica supostas vítimas de agressão sexual.  Porque o homem acusado de agredir a mulher neste caso não foi acusado de um crime, o Tribune não o identifica. Não está claro se ela denunciou o suposto incidente à polícia, mas os membros da fé são incentivados a trazer problemas aos anciãos da igreja, em vez de às autoridades externas.

As interações da garota com o instrutor começaram no verão de 2007, afirma o processo, quando ela assistiu a um filme com ele. Ao levá-la para casa do teatro, o instrutor pegou seu telefone e disse que ela tinha que beijá-lo na bochecha para recuperá-lo. Quando ela recusou, ele a chutou para fora do carro e partiu, retornando um pouco mais tarde para buscá-la.

Os supostos ataques aumentaram de lá, de acordo com documentos judiciais, quando o homem atou  três vezes os pulsos e tornozelos da garota com fita adesiva, colocou uma meia em sua boca e cobriu a cabeça com uma fronha, deixando-a sozinha no banco de trás do carro por duas horas de cada vez.

A partir de dezembro de 2007, afirma o processo, o homem levou a menina a um estacionamento várias vezes e agressivamente a beijou e a tocou apesar de seus protestos. Depois disso, ela di que ele a estuprou e forçou a fazer sexo oral, com pelo menos três desses encontros em janeiro de 2008. 

Ele supostamente a atraiu para fora de sua casa, ameaçando prejudicar sua família se ela não obedecesse. Não está claro quantos anos o homem foi durante os supostos ataques, mas ela era menor de idade.

Em abril de 2008, a igreja de Roy formou um comitê judicial para investigr se a garota envolvia em comportamento sexual inapropriado - "um serio pecado" na religião. Durante a reunião que incluiu sua mãe e padrasto, o processo declara, os líderes da igreja tocaram uma gravação de um dos supostos estrupos, obtidos do instrutor por quatro a cinco horas "repetidamente parando e iniciando a fita de áudio.... sugerindo que ela consentiu com o comportamento sexual".

A igreja, diz a mulher, agiu de forma irresponsável ao permitir conscientemente que o instrutor atuasse em uma posição de autoridade sobre os membros menores de idade.  Ela acredita que a organização não fe o suficiente para alertar adeptos das "propensões perigosas e exploradas" do homem e, ao contrário,  promoveu-o como "em boa posição e confiável". 

Um líder da congregação aparentemente advertiu os pais da menina em novembro de 2006 que o instrutor- que antes frequentava as sessões da igreja em Ogden e Oregon- era um "garoto mau" que "se envolvia em comportamento sexual inadequado com uma mulher da congregação de Clearfield". O autor diz que o aviso não foi suficiente. 

A menina sofreu fisicamente e emocionalmente após os encontros sexuais não- consensuais, o processo civil afirma, especialmente tendo que revivê-los através das gravações de áudio. 


Ela está processando por infligir intencionalmente sofrimento emocional, negligência e falha em advertir. 

Ela está pedindo um julgamento por júri, bem como danos superiores a US $ 300.000 para cobrir cuidados médicos, honorários de advogados e danos gerais. 

A menina era membro de várias congregações das Testemunhas de Jeová até pouco depois dos ataques. Seu caso foi indeferido em novembro de 2015 por não atender aos acusados em tempo hábil. Ela conseguiu refilar porque a demissão não se baseou nos méritos do processo.

A tradução do texto acima foi realizada pelo Google. 



Fonte das informações:law.georgetown.edu/icap/wp-content/uploads/sites/32/2019/05/Williams-v.-Kingdom-Hall-Petition-for-Certiorari.pdf


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