Lembranças de uma vida paranóica no meio das Testemunhas de Jeová







A corrida aos supermercados por parte de muitos consumidores para comprarem alimentos e outros produtos essenciais provocada pelo surto de coronavírus no mundo fez com que uma escritora norte americana recordasse o período em que pertenceu as fileiras das Testemunhas de Jeová após 27 anos que saiu de seu meio. Segundo ela, por pertencer a uma seita apocalíptica, qualquer mudança no cenário mundial  levava seus membros a crer que o fim do mundo estava se aproximando, e eles corriam desesperadamente aos supermercados para comprarem produtos que achavam essenciais  para suas sobrevivências. 



Vários supermercados ficaram com parte de suas
prateleiras vazias durante o surto de coronavírus  






Leia parte do relato da escritora sobre sua paranoia vivida dentro das fileiras das Testemunhas de Jeová. 


"Tornei-me fiel das Testemunhas de Jeová aos 11 anos de idade, após dois de seus evangelizadores visitarem a fazenda isolada que minha família morava. Com pouco tempo, eu, e mais alguns membros de nossa família começamos a participar das reuniões no Salão do Reino, onde aprendemos que o fim do mundo estava se aproximando. Isso foi por volta da década de 1980, onde qualquer notícia de guerras e terremotos, os fiéis das Testemunhas de Jeová achavam que estava cumprindo profecias da Bíblia.

Nessa época, nossa família não corria em desespero aos supermercados como as outras testemunhas de Jeová quando era anunciada uma notícia que indicava que o fim do mundo estava próximo. Nós acreditava que Deus protegeria seus fiéis, por isso achávamos que estocar alimentos era tolice. 

As ilustrações das publicações das Testemunhas de Jeová me assustava. Tinha soldados armados com medo no meio da destruição do mundo, e fiéis de nossa seita com sorrisos em seus rostos porque seriam salvos. Eu me perguntava, se ficaria segura nesse cenário do fim do mundo ilustrado nas publicações? Encontrei conforto na vida em nossa fazenda. Cultivamos nossos próprios vegetais, matávamos porcos e galinhas e tirávamos água de um poço. Imaginei naquela época, que poderíamos passar a grande tribulação em nossa fazenda",  escreveu a escritora.    


As ilustrações sobre o fim do mundo dava medo na escritora 


Fonte da informação: washingtonpost.com/outlook/coronavirus-prepper-armageddon/2020/03/20/5b75d2f8-6945-11ea-b313-df458622c2cc_story.html

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